"Quando teu braço me envolveu num abraço
e tu dissestes que eras meu
meu amor dizias que me possuías
e tão forte era a sensação
que ao soltares minha mão
já não me pertencias, nem eu a ti
talvez porque só uma única vez
por instantes
se pode completar o que não está completo.
Logo a rara plenitude se dissipa
e toda a virtude do amor deserta
fluindo para a pura e irrefreável finitude.
A delicada corrente então se rompe
e contra isso, meu amor,
eu tudo soube e nada pude."
(Anisia Cotta, Campinas, 2001)
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