Aos vinte e um anos escrevi perplexa que não era mulher,
não sabia quando ia ser.
Hoje me vejo senhora, senhora menina.
A menina não quer morrer,
não morrerá senão comigo.
A menina que quando vê chuva na janela,
quer sentar no muro de novo e deixar a chuva molhar os pés,
dançando no ar.
Há uma alma em mim.
A menina que mora dentro de mim,
não me deixa esquecer os sonhos de criança.
Há um passado no meu presente.
Já a senhora que vive aqui, tem desejo de amar,
aquele amor de alma, avassalador.
Menina e mulher se confundem. Ora uma, ora outra.
2 comentários:
Menina, mulher e anciã são como a manhã, a tarde e a noite. Mudam-se as aparências somente, tudo faz parte de um mesmo dia.
Belo texto, May, muito terno e sábio. Obrigado pela visita às minhas letrinhas. Um abraço.
Lindo isso que escreveu André. Amei!
Seja bem vindo sempre que quiser aparecer.
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