segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

TER E NÃO TER

"Quando teu braço me envolveu num abraço e tu dissestes que eras meu meu amor dizias que me possuías e tão forte era a sensação que ao soltares minha mão já não me pertencias, nem eu a ti talvez porque só uma única vez por instantes se pode completar o que não está completo. Logo a rara plenitude se dissipa e toda a virtude do amor deserta fluindo para a pura e irrefreável finitude. A delicada corrente então se rompe e contra isso, meu amor, eu tudo soube e nada pude." (Anisia Cotta, Campinas, 2001)

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